Desbravadores da Rima – Parte 1

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Desbravadores da Rima – Parte 1

Foto: Adobe Stock.

Publicado em 06/08/2022.

Os artistas que abriram os caminhos do Rap no Brasil.

O Rap tem marcado presença por aqui.  

Já viajamos pela história do estilo desde a sua origem nas periferias de Kingston na Jamaica, passando pelo seu desenvolvimento no Harlem, em Nova York, até a sua chegada no Brasil e evolução para o fenômeno do Trap (veja tudo aqui). 

Depois mostramos algumas das mulheres que estão dando cara nova ao movimento e permitindo que ele alcance novos públicos e cresça ainda mais. (veja tudo aqui).

Hoje, dia em que celebramos o nosso Rap, não seria diferente. Vamos voltar um pouco no tempo, mais ou menos na virada dos anos 80 para 90, e viajar pela carreira dos artistas que estão desde o início da história do estilo no Brasil contribuindo para o seu crescimento e popularização.

Vamos juntos desbravar!

Ndee Naldinho

José Carlos Souza Silva, conhecido por Ndee Naldinho, foi um dos primeiros nomes no rap brasileiro a participar de álbuns gravados do gênero, tendo participado pela primeira vez em disco no ano de 1988, na coletânea “O Som das Ruas”. Foi um dos poucos frequentadores das reuniões do primórdio da cultura Hip hop no país, na Estação São Bento (Metrô de São Paulo).

Com sua voz grave marcante, Ndee Naldinho é considerado um dos nomes mais importantes e respeitados da história do Rap no Brasil, tendo a maior discografia do gênero no país e sendo o único rapper daqui a gravar 6 discos em vinil. Entre os sucessos estão: “E Essa Mulher de Quem É?”, “Essa é a lei”, “O Quinto Vigia” e “É Choque Neles”. 

Thaíde

Outro pioneiro dos primórdios do rap nacional, Altair Gonçalves, ou simplesmente Thaíde, fez muito sucesso na década de 90 ao lado da sua dupla, DJ Hum. Foi o fundador, ainda nos anos 80, da equipe de break Back Spin e também um dos primeiros a gravar no estilo, fazendo parte da coletânea de rap “Hip-Hop Cultura de Rua”. É dono de uma longa lista de sucessos, como “Corpo Fechado”, “A Noite”, “Afro brasileiro”, “Apresento meu amigo” e “Senhor Tempo Bom”, que o credenciam como um dos principais nomes do estilo no Brasil.

Também atua na TV, onde já foi VJ da MTV e também participou em filmes e séries como “Caixa Dois” e “Antônia”.

Dexter

Marcos Fernandes de Omena adotou o nome artístico ao conhecer a história de Martin Luther King Jr e descobrir o significado do nome de um de seus filhos, Dexter: direito, esperto, sagaz, correto e liberdade. Já a alcunha de “Oitavo Anjo” veia da música que se tornou um de seus maiores sucessos ao lado de “Saudades Mil” e “Animais Irracionais”.

Se destacou liderando o grupo 509E, batizado com os números e letra que identificavam a cela onde viviam Dexter e outro integrante, com quem gravou dois álbuns de enorme relevância até alçar carreira solo em 2005. 

RPW

O grupo recebe o nome das iniciais de seus três integrantes: Rubia, Paul e W-Yo. Precursores do estilo “rap bate cabeça”, lançaram o que é considerado o primeiro registro do gênero em 1994,  através do single “Pule ou Empurre”. 

O estilo dominou os bailes da época e a influência da banda logo os tornou reconhecidos por outros artistas que se inspiraram em seu trabalho, como Emicida e Criolo.

MV Bill

Curiosamente começou na música escrevendo samba-enredo para seu pai em 1988. Porém, em 1998 já estava inserido no rap e lançou seu primeiro álbum, “Traficando Informação”. Alex Pereira Barbosa, mais conhecido como MV Bill, também marcou seu nome na história ao escancarar a realidade periférica no livro e DVD “Falcão – Meninos do Tráfico”, premiado internacionalmente.

Entre seus outros destaques no rap estão os trabalhos dos álbuns “Declaração de Guerra”, “Falcão, O Bagulho é Doido” e “Causa e Efeito”.

RZO

Fundado em 1992, o “Rapaziada da Zona Oeste” é formado por Sandrão, DJ Cia e Helião, um trio de respeito no cenário do rap. De grande influência, são responsáveis por introduzir na cena grandes nomes como: Negra Li, Sabotage, Marrom, DBS e a Quadrilha, U-Time e Função RHK.

Após 4 álbuns em uma década de conjunto, o grupo se separou em 2004, mas juntou-se novamente em 2014 por pressão dos fãs. “O Trem” é um de seus sucessos indispensáveis.

Sabotage

Nome ímpar do rap nacional, o saudoso rapper viveu uma carreira meteórica e muito breve. Com seu único álbum “Rap é Compromisso!” é reconhecido como uma grande referência e inspiração para todos que seguem seus passos na música. 

Sua imagem e obras, inclusive algumas que nunca foram gravadas pelo artista, fazem parte da cultura pop nacional, dando as caras em várias produções culturais dos mais variados estilos. 

São tantos artistas que contribuíram para o rap chegar até aqui, que não vai ser possível falarmos de todos agora. Por isso, dividimos em uma segunda parte, onde outras lendas do Rap receberão o devido reconhecimento.

Então se liga, que semana que vem tem mais!

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