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A tecnologia de streaming revolucionou a indústria fonográfica. Com o sucesso do modelo, várias empresas grandes entraram neste mercado. Para ganhar espaço perante os concorrentes, a palavra de ordem é diferenciação.

Barreira de entrada Tecnológica

Quando surgiu a tecnologia de streaming, rapidamente os vários usos e aplicações possíveis foram avaliados pelos mais antenados do mercado. O diferencial neste momento era o timing. Quem entrava primeiro, seja qual fosse o foco de atuação, encontrava um mercado inexplorado, repleto de possibilidades.

Não é a toa que o Spotify, um dos maiores pioneiros, rapidamente ganhou espaço, assumindo a liderança que até hoje mantém com certa folga. Focado em desenvolver a tecnologia para torná-la mais acessível e amigável para os  usuários, seus maiores investimentos foram direcionados tanto para hardware e software, quanto em ampliar sua biblioteca de músicas e ensinar os artistas e consumidores sobre o novo modelo.

Todos Querem um pedaço

Não demorou muito (só o suficiente para o Spotify se consolidar) para que grandes players do mercado da música enxergassem o potencial da nova tecnologia. Logo a disputa se intensificou e, após a entrada tanto empresas que não conseguiram se manter, quanto gigantes da tecnologia tentando tirar o atraso, hoje vislumbramos um cenário onde as forças quase se equilibram, impedindo a entrada ou permanência de empresas menores e mantendo basicamente 4 grandes concorrentes.

Spotify, Deezer, YouTube Music e Apple Music são as empresas que dominam o streaming de música atualmente. Agora que temos a consolidação deste mercado, entramos em uma nova era, onde a música ainda é o foco principal, mas novos elementos surgem para aquecer a disputa.

Ser diferente é a chave

Como hoje falamos de empresas grandes, com dinheiro para refinar sua tecnologia e onde os consumidores e os artistas já estão familiarizados com o modelo, chegou a hora de dar um novo passo. Catálogo de música extenso, com algoritmos inteligentes fazendo a seleção e sugestão de música, deixou de ser o grande trunfo na manga para se tornar o lugar comum. É hora de buscar novidades e as empresas buscam caminhos diferentes.

O Apple Music ainda se encontra numa fase de adaptação. Herdeiro do iTunes, está um pouco atrasado, mas tem uma base extensa e fiel de usuários. Ainda se apoia muito no tamanho do seu acervo e em seguidores principalmente do mercado americano, que simplesmente aderem ao serviço pela praticidade de possuírem um dispositivo da marca. Os movimentos que vem realizando mostram que está tentando entrar no padrão de funcionalidades de seus concorrentes. Estamos aguardando a grande jogada que ainda virá para de fato colocá-lo na posição de um serviço diferenciado, que possa despertar a atenção dos usuários.

O YouTube Music entrou com todo o peso do Google na disputa e logo viu que não é tão simples assim. Mesmo com uma estratégias arrojada de preço, não alcançou os números desejados. Seguindo as dicas que o “Global Music Report 2019” (veja aqui) deu, focou seus esforços em se diferenciar pelo carro chefe, os vídeos. Incorporando a possibilidade de ter uma experiência mais completa para o usuário, encontrou um caminho interessante para se destacar e ameaçar o líder.

Já os serviços mais antigos, Spotify e Deezer, seguem uma outra direção. Mesmo fazendo testes com a inclusão dos vídeos em seus serviços, perceberam que competir com o YouTube neste campo seria complicado. Por isso o caminho adotado foi pelos surpreendentes Podcasts (saiba mais aqui).

Os arquivos de áudio compartilhados, que muitos chamam de rádio do século XXI, são as meninas dos olhos do Spotify. Com investimentos na casa das centenas de milhões de dólares, comprou empresas com know how tanto no lado técnico, quanto na criação de conteúdo, e hoje fomenta o consumo desta mídia no país, com muito conteúdo original e exclusivo.

Ainda em fase de adaptação, acaba de lançar o “Spotify for Podcasters”, dando o mesmo tipo de atenção que dá aos artistas e assim pretende sanar algumas reclamações que os produtores de conteúdo tinham em relação a plataforma. 

O Deezer espelha a estratégia, não querendo dar muito espaço para um aumento da fatia, já graúda, do Spotify. 

Ninguém Parado

Temos ainda outros envolvidos neste mercado se movimentando. O Filtr, serviço da Sony Music, que tem uma seleção de playlists com os artistas do selo repleta de seguidores dentro dos serviços de streaming, está prestes a lançar uma novidade. Trata-se do Filtr Game, um programa de fidelidade, que usa da gamificação como estratégia para aumentar o engajamento de suas playlists. Pronto para ser lançado no Rock in Rio, usa as Filtr Coins como moeda para dar benefícios aos seus usuários.

Já está claro que a mensagem foi dada. Sejam vídeos, podcasts, games, ou qualquer outra forma de ampliar a experiência de entretenimento, o fato é que vivemos a era da diferenciação. As novidades são recentes e ainda estamos aguardando os impactos reais das apostas de cada empresa. Sem dúvidas outras novidades serão adicionadas nesta mistura. Nós aguardamos ansiosos!

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