523. Replay de março
Publicado em 05/04/2023.
O cantor e compositor Marcelo Mira, originalmente influenciado pela MPB e o samba ouvido em casa, teve uma mudança de perspectiva ao conhecer o rock que fervilhava em Brasília, quando se mudou para lá nos anos 80.
Neste caldeirão a “descoberta” de ícones como Gil, Caetano, Djavan, João Gilberto, Clube da Esquina, Tom Jobim, Toninho Horta, Joyce, João Bosco, Elis Regina e outros; o resultado foi uma inspiração musical rica e de várias vertentes.
Mira também é compositor de diversos hits que fizeram sucesso com outros nomes importantes da música brasileira como: Falamansa, Natiruts e Wanessa Camargo.
A trajetória completa do artista você encontra aqui, no Sintonizando.
No Dia Internacional da Mulher contamos com a participação de Ana Fonseca (Diretora de Business Affairs da Universal Music), Fernanda Audi (Diretora de Operações Abramus), Luciana Pegorer (Idealizadora do Trends Brasil Conference e co-fundadora da KickOff Music), Vanisa Santiago (Advogada especialista em Direitos Autorais) e Joyce Moreno (Cantora e Compositora) compartilhando conosco os desafios e belezas deste universo feminino, que desbrava ideias, conceitos, composições e muitos palcos.
Confira a matéria na íntegra.
O cantor, compositor e instrumentista Darlan, exalta o romantismo em suas canções, e contou sobre suas conquistas e percepções ao desbravar e construir uma emocionante e inspiradora carreira musical. “As dificuldades que eu enfrentei na carreira foram iguais às de todo músico iniciante. Sempre fui um cara para cima, como a maioria dos meus amigos deficientes visuais, porque a nossa condição não nos limita. O que nos limita é a nossa mente.”
Confira a matéria completa aqui, em nossa Revista Abramus.
Destaque também para a celebração do novo escritório da Abramus no Rio de Janeiro. A noite contou com a presença de diversos artistas, parceiros, associados e vários players do mercado musical. Um coquetel concorrido! Saiba mais.
Outra celebração importante foram os 60 anos da Rainha dos Baixinhos. Xuxa Meneghel prepara um ano repleto de novidades, lançamentos e celebrações inéditas. Confira em nosso blog os spoilers da Rainha para o ano de 2023.
Quem está com a gente há mais tempo sabe que o principal tema que abordamos são os direitos autorais nas artes, sempre defendendo o justo recolhimento e distribuição de valores, fortalecendo assim toda a cadeia artística.
Entretanto, algumas dúvidas ainda são comuns ao tentar se compreender totalmente o funcionamento deste “sistema” complexo.
Afinal, você sabe a diferença entre Direito Autoral e Direito Conexo?
Para entender mais, confira.
No Sintonizando, Marco Aurélio, que a partir de influências do Sertanejo raiz, iniciou sua carreira lá nos anos 2000. Fundou diversas duplas, gravou discos e realizou turnês. Tornou-se compositor referência, tendo emplacado diversas músicas nas vozes de artistas como Maiara e Maraísa, Zezé di Camargo e Luciano, Munhoz e Mariano, César Menotti e Fabiano, Luan Santana, entre muitos outros.
Conheça um pouquinho da história do Marco Aurélio nesta entrevista completa no blog.
A pesquisa “Mulheres na Música” feita pelo Ecad apresenta dados e análises sobre a presença do gênero feminino no mercado musical.
A existência de mulheres intérpretes, autoras e musicistas de qualidade é um ponto inquestionável, mas será que isso se reflete na prática? Na quantidade de titulares cadastrados e arrecadações de direitos autorais?
Fique por dentro de tudo acompanhando nossas redes sociais.
524. Sintonizando com Lei Di Dai
Fotos: @v_takayama.
Publicado em 09/04/2023.
Lei Di Dai é cantora e compositora nascida em São Paulo. Coroada rainha do Dancehall pela revista Rolling Stone, está comemorando 18 anos de carreira solo. Tem 4 álbuns lançados e inúmeras turnês internacionais.
Foi reconhecida pela Billboard pela influência da música jamaicana e do flow brasileiro, a cantora brilha por onde passa com suas letras positivas e batidas dançantes do Reggae, Dancehall, Jungle e DnB.
É a primeira mulher no Brasil a ter um Sound System, o Gueto pro Gueto Sistema de Som.
1 – Conta pra gente, como foi a infância da Daianne? Quais foram as suas principais influências musicais?
Tive uma infância maravilhosa passando as tardes na casa da minha avó Emilia, que me ensinou a cozinhar e me levava nas aulas de dança. O que me influencia, principalmente, é a música jamaicana e sua evolução. Do Brasil: Tim Maia, Dj Marky, Soulwax do Iggor Cavalera & Laima Leyton, eles me inspiraram também a acreditar em uma carreira internacional.
2 – Como a música jamaicana chegou até você?
Meu pai era um grande fã da música jamaicana, e nos anos 90 ele comprava na galeria 24 de Maio as fitas VHS de filmes e festivais de reggae. E eu fiquei fascinada com a vibe dos pretos no filme Rockers de 1978. Bob Marley no show em Santa Barbara ao vivo, nossa, que força! Que presença de palco! Esse show é de 1979, porém ainda é moderno e atual, como o reggae sempre foi e será música do futuro.
3 – Você é a primeira mulher no Brasil a ter um sound system. Como foi o processo da criação do Gueto pro Gueto Sistema de Som?
Ter um sound system foi realização de um sonho! Em 2012, eu, o Dj Vinnie e a produtora Thays Quadros decidimos criar o “Gueto pro Gueto Sistema de Som”, para levar música gratuita para todos os lugares! Captando verbas públicas através de editais, valorizando a cultura sound system, nascida no gueto lá na Jamaica, que influenciou o hip hop e diferentes vertentes musicais, mantendo a cultura sound system viva e forte!
4 – Como foi ser reconhecida pela Bilboard através da sua influência e flow ?
Foi uma grande conquista! É a minha história como artista e empreendedora musical contada na Billboard internacional, isso incentiva outros artistas independentes a acreditarem que tudo pode ser possível com dedicação e trabalho.
5 – Você leva sua mensagem a diversos países no exterior, como é esta conexão com o público de fora?
Desde 2009 eu faço turnês internacionais. Me sinto abençoada por poder cantar em diferentes países. A música tem o poder de transformar vidas e a conexão com outros artistas e público é linda! Me faz todo ano querer passar mais tempo excursionando.
6 – Você está comemorando 18 anos de carreira solo. Teremos uma celebração regada a muitos shows? O que está preparando para o seu público ?
Sim!!! Vai ter turnê de 18 anos! Faremos muitos sound system gratuitos ao ar livre pela cidade de São Paulo comemorando. Além de uma turnê internacional de 3 meses, com início em Julho de 2023.
7 – Quais são os projetos futuros?
Estou preparando um novo álbum com muito Jungle e DNB, bem modernão produzido na Europa com participações internacionais.
525. Sintonizando com Salma e Mac
Fotos: Victor Quixabeira e Souza.
Publicado em 16/04/2023.
Por Belinha Almendra.
1 – Pra começar, quais as principais influências musicais de vocês?
Salma – Acho que Elis Regina e Chico Buarque são as minhas principais referências na MPB, mas me inspiro genericamente na música pop, em todos os estilos, em tudo que as pessoas escutam. Acho difícil definir o que me influencia, de verdade.
Mac – Ouvi rádio no Brasil nos 80 e 90, quando criança, talvez isso defina muito mais o meu gosto do que muito dos discos que comecei a comprar na adolescência… Eu ouvia de João Gilberto a punk norueguês e sempre tive uma queda forte pelo Pop dos anos 80.
2 – Vocês são fundadores da banda goiana de indie rock Carne Doce. No ano passado lançaram “Voo livre”, primeiro álbum como Salma e Mac, inspirado na MPB e na bossa nova. Como foi a experiência de se aventurar por novas sonoridades?
Salma – Uma chance de aprender tudo de novo. É um desafio diferente comover pela suavidade, pela dinâmica, isso nos exigiu mais tecnicamente, e nos revelou mais sobre o que a gente já havia aprendido.
Mac – Também estou tendo o desafio técnico de substituir a guitarra pelo violão, e estou adorando isso!
3 – Goiânia é mais conhecida por ser o berço de muitos artistas e duplas sertanejas. Como é a cena indie rock da cidade?
Salma – A cena indie goiana está num momento menos produtivo do que foi há alguns anos. Ainda estamos na retomada pós pandemia, há poucos espaços, menos bandas locais e estamos recebendo menos shows de artistas de fora. É uma cena de resistência. Mas acho que todo o interior do país está sofrendo do mesmo modo.
Mac – Já foi pulsante entre os anos 2000 e 2014, o Carne Doce surgiu nessa efervescência, mas foi surpreendente a velocidade como praticamente desapareceu nestes últimos anos.
4 – Voltando a “Voo livre”, o disco foi produzido pelo experiente Alexandre Kassin, que já trabalhou com Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Vanessa Da Mata, Erasmo Carlos, Los Hermanos e muitos outros grandes nomes. Como ele se integrou ao projeto?
Salma – Ele assistiu um show da banda no Circo Voador (RJ), e mantivemos desde então um contato simpático. Numa das vezes que fomos ao Rio nos encontramos e mostramos as canções deste projeto. O Kassin curtiu e logo começamos a conversar sobre a produção.
Mac – A integração dele foi muito natural, ele domina muito o universo estético que inspira este disco. Ele produziu, arranjou e gravamos tudo em sete dias.
5 – As composições autorais do duo exploram temas diferentes daqueles gravados pela banda? A “pegada” minimalista do novo projeto influenciou na criação das canções?
Salma – Pra mim, nem tanto. Acho que o lirismo ainda é semelhante, é mais na parte das melodias e harmonias que esse projeto serve de vazão para canções que não se encaixariam direito na banda. Sempre criei umas coisas que aqui e ali pareciam boleros ou sambas, ou até sertanejo, algumas vezes parecia difícil acomodar isso com o estilo dos outros integrantes. Talvez esse projeto tenha algumas letras mais suaves.
526. Pagamento de ABRIL disponível!
Publicado em 25/04/2023.
O pagamento de ABRIL já está disponível!
Confira as rubricas contempladas este mês:
Clique aqui e veja as definições das rubricas.
Mantenha sempre seu cadastro atualizado em cadastro.titular@abramus.org.br
527. Replay de abril
Foto: Agência Métrica.
Publicado em 26/04/2023.
Com o título de Rainha do Dancehall concedido pela Revista Rolling Stones, a artista celebrou seus 18 anos de carreira solo.
Lei Di Dai também é idealizadora do projeto “Gueto pro Gueto Sistema de Som”, sendo a primeira mulher no Brasil a ter um sound system, e com isso, fortalecendo o movimento de levar música gratuita para todos lugares.
Confira a entrevista na íntegra, aqui.
Salma e Mac comandam a banda indie rock Carne Doce desde 2013. Agora, a dupla apresenta novo projeto pautado na MPB, Bossa Nova e Pop Acústico, e já com disco disponível. Produzido por Alexandre Kassin, também responsável pela produção de álbuns de referência da Música Popular Brasileira, “Vôo Livre” foi lançado em 2022.
A dupla goiana aproveita, e comenta um pouco mais sobre a cena musical local e seus desafios, assim como as descobertas em se aventurar em um novo gênero musical que requer outras referências.
Quer conferir a entrevista completa? Confira aqui.
Alguns compositores se perguntaram qual o motivo de não receber por seus direitos autorais.
E para compreender isso, é importante reforçarmos e nos atentarmos a alguns pontos. Confira aqui.
Universal Music Group anunciou uma nova parceria com a plataforma de streaming Deezer.
Com proposta de novo modelo de remuneração aos artistas, a colaboração tem a intenção de desenvolver um formato no qual o artista também é remunerado pelo fã que traz para a plataforma, assim como o engajamento que estes geram.
528. Sintonizando com Igor Jansen
Publicado em 16/04/2023.
Neste ano, Igor lançou o single “Vida de Novela”, e nos conta um pouco mais sobre seus novos planos de carreira, tanto no universo digital quanto nos palcos musicais, de teatro e sets audiovisuais.
1 – Dentre os seus diversos projetos, você atuou no filme “O Shaolin do Sertão”, nas novelas “As Aventuras de Poliana”, “Poliana Moça” e no espetáculo da Broadway “13-O Musical”. Quais foram as particularidades e diferenças para você entre atuar na televisão, no cinema e nos palcos teatrais?
Tudo é arte e tudo é maravilhoso, mas o tempo nesses três formatos de arte são diferentes. Estou gravando agora em abril/2023 meu 4º filme para cinema, e o clima nas gravações são mais lúdicos, os diretores querem ter certeza que captaram a melhor interpretação daquela cena, melhor luz, som, ângulo, etc… Normalmente não se roteiriza muitas cenas por dia exatamente por conta desses detalhes, pois como a tela de cinema é muito grande tudo fica superlativo e muito perceptível. Nas novelas podemos dizer que é um regime de produção em massa, 20, 30 até 40 cenas por dia numa velocidade louca, tudo pra ontem e tals. Como tem duração prolongada, é comum gravarmos de forma não cronológica, variando o momento da personagem , humor e o estado de espírito. Você grava uma cena diurna de muita energia e na sequência é comum sair pro camarim para trocar de roupa e voltar já para uma cena de estúdio noturna onde pode ter muita emoção, por exemplo. Já no teatro tem o público né, ao vivo e a cores… São as mesmas falas, mas o público muda todo dia e esse fato torna tudo muito especial, e deixa a gente muito feliz com o carinho deles.
2 – No início deste ano, você lançou seu single “Vida de Novela”, sua segunda música autoral. Como foi seu processo de criação? Conte um pouco sobre esta música.
A ideia da música veio em um daqueles dias que eu estava gravando em estúdio a novela , vivendo uma trama qualquer e depois que o diretor diz “corta”, a gente volta a real. Todos os fã-clubes criando casais, tanto para o personagem da novela, quanto para minha vida pessoal. Um caldeirão de emoções e tudo ao mesmo tempo (risos). Me juntei com uma parceira de criação que me ajuda a encontrar as palavras certas e transformar isso em música.
3 – O que te motivou a iniciar sua carreira musical?
Sempre amei música! Minha mãe desde sempre fez questão de me matricular em aulas de instrumentos e meu pai é daquele tipo que me apoia totalmente em tudo.Na sequência, teve o meu personagem na novela, o João, que fugiu de casa no Ceará para estudar música em São Paulo. Por conta da novela, comecei a frequentar os estúdios Mosh para gravar várias músicas para a novela. Um tempo depois, começamos a nos apresentar em eventos de fãs da novela com muita gente e aquela sensação em cima do palco foi determinante para querer mais e mais música na minha vida. A primeira música chama “Jeito Simples”, ela foi lançada durante o início da pandemia e até entrou na segunda parte da novela, Poliana Moça.
4 – Você pretende conciliar simultaneamente sua carreira musical com sua carreira de ator?
Sim! Amo essas duas artes. Também não quero me afastar das redes sociais, onde produzo conteúdos mais livres, participo de trends, como as dancinhas e aproveito para postar covers de músicas e artistas que admiro. Além de ser um espaço mais íntimo, que consigo me aproximar dos meus fãs.
5 – Com mais de 12 milhões de seguidores no TikTok, você é considerado um fenômeno na plataforma. Ao que você atribui este sucesso?
Essa é minha rede social mais nova, iniciamos simultaneamente na pandemia o TikTok e meu canal no YouTube. A galera curte saber mais da nossa rotina sem filtros, mais livre e o TikTok foi minha válvula de escape. Cada ideia maluca que temos, a gente posta lá (risos). Já conheci gente nova e conquistamos novos fãs, que inclusive nem sabiam desse meu trabalho como ator/cantor.
6 – Quais seus projetos futuros no mundo artístico?
O nosso planejamento é esse ano intercalar cinema, streaming e música. Vamos lançar música nova a cada 60 dias pra ir aumentando nosso repertório e fazendo shows por onde nos chamarem. É uma apresentação bem pra cima, com uma playlist que amo ouvir e cantar artistas como Jota Quest, Vitor Kley, Jão, Tiago Iorc, Chorão, Lagum, e outros.
7 – O que mudou na sua vida com tantos projetos e com o sucesso?
Tudo! De uma vida pacata e anônima, para ator das novelas infantis do SBT! Agora música, filmes, redes sociais, publicidade, moda e entretenimento fazem parte da minha rotina. Graças a Deus, tenho como empresários meu pai e minha mãe, que cuidam do Igor Jansen 360°, lado profissional e pessoal.
8 – Com tanto trabalho e atuando em tantas vertentes, sobra um tempo para diversão? O que você gosta de fazer no seu tempo livre?
Sim, claro! É tudo uma questão de planejamento, consigo me dedicar ao meu trabalho e também ter tempo de qualidade com amigos e família. Adoro curtir uma praia, praticar esportes, um bom pagode e balada com amigos.
529. 70 anos de Lulu Santos
Foto: Léo Aversa.
Publicado em 04/05/2023.
No dia 4 de Maio, celebramos mais uma volta ao sol na vida do artista Lulu Santos. Conhecido por grandes sucessos em sua carreira, momentos marcantes, renovações, e uma energia contagiante que compartilha há anos, e segue compartilhando com seus fãs, amigos e familiares.
Em 1953 nascia uma estrela carioca, Luiz Maurício Pragana dos Santos. Uma pessoa que se tornaria um dos maiores ícones da música pop brasileira, e que hoje, é enaltecido amplamente em diferentes áreas, desde compositor e cantor à guitarrista, produtor musical e jurado de reality show.
Nessa data de celebração, que é o aniversário de 70 anos do artista, aproveitamos para prestigiar o popstar, com sua guitarra e prancha ao lado no maior clima carioca possível, relembrando alguns dos melhores momentos de sua carreira, e prestigiando também os projetos atuais.
Vamos juntos nessa onda?
Aos 27 anos, Lulu Santos, amigo de Liminha, conseguiu um estúdio às beiras do trem na Zona Norte do Rio de Janeiro. Espaço que também era utilizado por Gilberto Gil, e eventualmente teve algumas brechas de horário que o artista aproveitou para gravar suas faixas, estas, que nem esperavam fazer parte do que se tornaria um catálogo de obras de sucesso.
O que se sucedeu, foi uma discografia repleta de hits que embalaram noites brasileiras, além de muitos corações apaixonados que tiveram Lulu Santos como trilha sonora desses encontros e desencontros.
O primeiro álbum do artista lhe apresentou a possibilidade de finalmente viver somente e apenas para a música. Despertando turnês, entrevistas, apresentações em programas de TV e rádio. Além da satisfação notória da gravadora pela qual estava vinculado na época.
Essa trinca de álbuns despertou uma legião de fãs através das faixas de sucesso, como: “Tempos Modernos”, “De Repente, Califórnia”, “Adivinha o Quê?”, “Como uma onda”, “Um certo alguém”, “Tudo azul”, “Certas coisas” e “Tão bem”, tendo naturalmente atingido um espaço no mercado que o levou ao Rock in Rio de 1985, abrindo a noite para o Queen, Rod Stewart, Nina Hagen, Paralamas do Sucesso e Blitz.
Em um novo período bem mais maduro e já com espaço pré estabelecido de carreira, inicia-se uma nova fase, uma nova trilogia:
Desses álbuns que surgiram as canções, “Toda forma de amor”, “A Cura” e “Satisfação”, que são faixas que seguem sendo tocadas e cantadas de maneira contagiante e atemporal.
O artista conceitua seus álbuns em levas de trinca, trazendo sonoridades, conceitos e esferas emocionais distintas a cada três álbuns lançados. Assim, como aproveita para se experimentar e dar abertura a outras vertentes criativas dentro de si.
Com isso, chega uma nova leva de álbuns com novas sonoridades, experimentos imersivos e energia singular:
Em 1994, durante um novo momento de fervor, Copa do Mundo e grandes duplas, nasce a parceria de Lulu Santos e Memê, o produtor musical Marcello Mansur. Esse encontro desembocou em um disco extremamente dançante, repleto de músicas disco-chiques, e o nascimento de hits como “Assim Caminha a Humanidade”, tendo como título: “Eu e Memê, Memê e Eu” (1994).
Com a magia do eletrônico no ar, o artista segue em uma energia que embala o Brasil, como os discos:
Após uma pausa na qual foi viver outros ares, como o seu power trio de releituras “Jacaré”, o artista retorna com foco à sua carreira autoral, renovado e inspirado.
Com o Acústico MTV, enfileirou diversos sucessos como “Made in Brasil”, “Uh, passou de 2000/Ninguém faz igual a brasileiro o rock do Brasil” e “Apenas mais uma de amor.”
Em seguida, os discos:
De lá dos anos 2000 para 2010, Lulu caminhou um tanto (sem passos de formiga e com muita vontade), tendo conquistado já o renomado espaço de ícone pop brasileiro. Hoje, jurado do reality show musical The Voice Brasil, segue como mentor de novos artistas desde 2010.
Também embarcou pela primeira vez na experiência de gravar um disco apenas de releituras, que no caso, celebraria dois grandes influenciadores do pop rock nacional: “Lulu canta Roberto & Erasmo”.
Surfando na mesma onda, aproveita e também lança “Baby, Baby!” (2018), como homenagem a sua querida amiga Rita Lee.
E, em 2019, o disco “Pra Sempre”, declarando seu amor por seu atual marido Clebson.
Com a pandemia à vista, o artista se aventura em uma nova era, abrindo seu próprio selo, a Pacho Sonido, e lança dois singles de maneira independente:
Com a volta presencial dos shows e platéias lotadas, em 2022, Lulu Santos retorna aos palcos com a turnê “ Alô, Base” percorrendo as capitais brasileiras.
Que Lulu Santos é um dos artistas mais ouvidos do Brasil, não há dúvida, assim como os números não mentem, e vamos enaltecer alguns dos tópicos provam isso:
Haja energia! Uma carreira e estrada que certamente tem muita história para contar, mas isso, deixamos para o próprio Lulu musicar e nos presentear sempre com mais hits de sucesso que é a grande marca do artista.
Feliz aniversário ao rei do pop brasileiro!
530. Licenciando Obras
Foto: Freepik.
Publicado em 24/06/2023.
Sabemos que para muitos artistas independentes, o licenciamento ainda é um tema “nebuloso”. Seja solicitar o licenciamento de uma obra, ou até mesmo ter um licenciamento solicitado sobre sua própria composição.
E, hoje, nosso tema do blog será justamente este, com o intuito de tirar as dúvidas que pairam sobre a mente de muitos, explicando como funciona o licenciamento, suas funções, seus tipos, os canais de solicitação e como ele pode contribuir para a carreira do artista.
Saber como solicitar o licenciamento de uma música é muito importante para que se possa prevenir qualquer infração judicial relacionada aos Direitos Autorais de um autor/compositor. Dessa forma, o licenciamento prévio para utilização da obra musical é fundamental. Importante ressaltar que a autorização para uso de uma obra musical não inclui transferência ou cessão de direitos autorais da mesma.
Se você planeja incluir a gravação/regravação de uma obra musical em um projeto a ser lançado no mercado, é fundamental estar informado sobre os direitos e deveres do solicitante e do titular da obra. Os detentores dos direitos autorais (editoras e autores) devem ser pagos pelo uso da obra e alguns procedimentos precisam ser realizados. Seguem abaixo algumas dicas de como obter estas autorizações.
1. Identificar quem são os detentores dos direitos autorais da obra a ser solicitada:
A solicitação de autorização deve ser feita à editora da obra ou deve-se conferir se a obra é administrada diretamente por seu compositor. Nos casos em que a obra está editada, a editora atua como representante do autor e da obra, e tem poderes para representá-lo através de contrato de edição, gerindo cadastros, licenciamento para usos diversos, arrecadação e repasse dos direitos autorais aos autores. Nesse caso a editora também tem sua parcela sobre os rendimentos arrecadados.
Um dos canais em que se pode consultar quem são os titulares das obras musicais e situação cadastral das mesmas são as sociedades de gestão coletivas ligadas ao ECAD. A ABRAMUS possui um excelente portal de pesquisa (portal.abramus.org.br). Pode-se fazer uma busca por título da obra, nome do autor e do intérprete.
2. Entre em contato com o detentor dos direitos:
Ao ter conhecimento do representante legal da obra, o contato deve ser realizado solicitando o licenciamento da mesma. O representante/titular irá retornar solicitando algumas informações sobre o projeto para fins de aprovação e autorização de uso da obra musical solicitada.
São diversos os tipos de utilização para os quais é imprescindível a autorização prévia dos detentores de direitos da obra musical, e as licenças para uso são onerosas:
Para cada um desses casos, o processo de aprovação e autorização para uso da obra musical poderá ter uma dinâmica diferente por parte dos titulares da obra. Em alguns casos, a resposta por parte dos titulares pode demorar (principalmente se for repertório internacional), então é importante que as solicitações sejam feitas com bastante antecedência.
3. Autorização para gravação:
O autor é soberano sobre sua obra, portanto é imprescindível pedir autorização a autores e editoras titulares da obra a ser gravada. O licenciamento garante aos autores/titulares, a devida remuneração pelo uso da obra.
As mídias/suportes físicos, geralmente são: CD, DVD, LP (vinil), Cassete e Distribuição Digital.
Muito importante frisar que para se fazer uma versão em português ou qualquer outro tipo de adaptação ou arranjo de uma obra estrangeira ou nacional, e sua respectiva gravação, os titulares tem que aprovar e autorizar previamente.
Nesse caso, ou em qualquer outro tipo de uso sem a prévia e necessária autorização, a qualquer momento os titulares da obra musical podem pedir a exclusão imediata da sua gravação/comercialização em todas as mídias e suportes, incluindo as lojas digitais.
4. Autorização para sincronização:
Caso você vá utilizar uma obra em um audiovisual ou comercial, o processo é o mesmo, mas as informações a serem fornecidas aos detentores da obra musical são mais completas. Em caso de campanha publicitária, devem informar o cliente, produto, mídias, território, minutagem, prazo de uso, etc. Licenças para audiovisuais (novelas, filmes, documentários, etc) também exigem todas as informações de produção, sinopse, minutagem, etc.
Esses tipos de licença também são onerosas, e irão variar de acordo com os preços praticados no mercado.
5 – Execução Pública:
O licenciamento se dá pela emissão de uma autorização de uso, mediante pagamento de um preço aprovado no Regulamento de Arrecadação do ECAD.
Cadastro do ISRC (International Standard Recording Code)
O ISRC é um código padrão internacional para gravações musicais. Isto é, cada fonograma cadastrado tem um código ISRC, que é utilizado para identificar a execução de uma música, para então haver a cobrança dos direitos.
O Produtor Fonográfico é o responsável por gerar e cadastrar o ISRC. Este pode ser uma gravadora ou a pessoa física ou jurídica, responsável economicamente pela gravação.
Caso haja distribuição da música nas plataformas digitais, é muito importante que o ISRC informado seja o cadastrado no ECAD, através da Associação do titular.
Cada gravação deverá ter o seu próprio e único ISRC. Toda nova gravação ou a sua modificação deve ter um novo ISRC. Não é permitida a reutilização de um ISRC anteriormente fixado para uma outra gravação.
Autor-compositor/Artista independente – Como licenciar sua música:
Se você, como artista/autor/compositor quer ter sua obra licenciada para gerar novas oportunidades de propagação de seu trabalho, é possível realizar essa gestão de maneira independente, porém isso se torna uma árdua atividade uma vez que se leva muito tempo para angariar os contatos específicos que possam lhe gerar sincronizações e outros tipos de solicitação de licenciamento. O autor/compositor que não edita suas obras em uma editora, terá que fazer um trabalho bem assertivo para assegurar que suas obras serão devidamente cadastradas no Brasil e exterior, para obter as devidas arrecadações de seus direitos em todas as formas de utilização.
Outra opção é se vincular a uma editora de música, que poderá ser responsável por divulgação e oportunidades de propagação dos seus projetos, assim como gerar outras possibilidades de negócios ao artista/autor independente, incluindo cadastro e arrecadação de direitos de reprodução, fonomecânicos e plataformas digitais, gráficos e sincronização.
Os direitos de execução pública serão pagos pelo ECAD, através da sociedade de gestão coletiva de direitos autorais onde o titular estiver filiado.
531. Pagamento de MAIO disponível!
Publicado em 25/05/2023.
O pagamento de ABRIL já está disponível!
Confira as rubricas contempladas este mês:
Clique aqui e veja as definições das rubricas.
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