Por Agência Nova.RS

Cantor David Bowie faleceu em janeiro, vítima de câncer, aos 69 anos

Camaleão do Rock. Essa alcunha não veio por menos para o cantor David Bowie. O primeiro a incluir sintetizadores de música eletrônica no estilo, o cantor também aproximou o rock da literatura, musicais, soul, mudou a forma de compor ao criar um alter ego, chamado Ziggy Stardust, tem um disco composto inteiramente inspirado no livro 1984, de George Orwell.

Nascido no sul de Londres, em 1947 e batizado David Robert Jones, Bowie lançou seu primeiro disco em 64, mas foi com “Space Oddity” de seu segundo álbum, que o cantor estourou na Europa e Estados Unidos. Em seu segundo álbum, ele redefiniu o rock dos anos 70, com piano de Rick Wakeman e guitarra de Mick Ronson, no disco “Life on Mars?”.

Com o disco conceitual “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars” (A ascensão e a queda de Ziggy Stardust e as aranhas de Marte), em que encarna o personagem Ziggy, um alienígena que chega à Terra momentos antes do fim do planeta para virar astro do rock, e se afunda na fama, drogas e desespero, Bowie foi ao estrelato mundial.

Diamond Dogs, inspirado na obra de Orwell marcou sua fase conceitual, para, em seguida, voltar mais pop com “Fame”, escrita ao lado de John Lennon. Em 83, o Camaleão voltou a sua velha forma, com “Let’s Dance”. Bowie também se destacou no cinema com papéis de visibilidade, como o Rei dos Duendes, em Labirinto – A Magia do Tempo e Fome de Viver, que atuou ao lado de Catherine Deneuve.

Dono de uma aparência andrógina e olhos heterocromos, ou seja, de cores diferentes – no seu caso, dois tons distintos de azul – David Bowie morreu aos 69 anos, vítima de câncer e nos deixou “Blackstar”, seu último disco como despedida de uma carreira que mudou o mundo da música, e de muitos fãs.