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Sintonizando com Lia Sophia

Foto: Tereza e Aryanne

Publicado em 09/04/2021

Por Belinha Almendra

A cantora, compositora e instrumentista Lia Sophia não para. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, ela segue produzindo novidades. Nascida na Guiana Francesa, aos 17 anos mudou-se para Belém do Pará onde começou a sua trajetória musical, marcada por divulgar o carimbó e outros ritmos paraenses com o seu tempero pop.  Em entrevista exclusiva para o Sintonizando, Lia Sophia conta mais sobre o novo projeto “Eletrocarimbó”, que acaba de ser lançado nas plataformas de música.


Foto: Tereza e Aryanne

“EletroCarimbó” investe na mistura do carimbó e outros ritmos do Pará, com novas sonoridades e beats eletrônicos. Como foi o seu encontro com o DJ Lucio K, que produziu remixes e coproduziu com você esse projeto?

Eu conheci o trabalho do Lucio K em 2007 quando ouvi um Remix que ele fez de uma música do Mestre Curica, chamada “Carimbó pra Maria”. Pra mim a mistura ficou muito boa e eu virei fã do Lucio. Agora, com o Eletrocarimbó, eu tive a oportunidade de convidá-lo para trabalhar comigo. Nós não nos conhecemos pessoalmente, já que a produção foi feita à distância e função da pandemia, só nos falamos por telefone e aplicativos. Mas o diálogo e a parceria fluíram muito bem. Ele, além de toda a experiência que tem nessas misturas, foi muito sensível na troca e teve o cuidado de manter o equilíbrio entre os elementos que fazem parte do carimbó e os beats da música eletrônica.

Como veio a ideia de fazer as versões remix para dois sucessos seus, Incendeia e Ai menina? De quais elementos musicais vocês partiram?

Revisitar essas duas músicas foi importante pra mim, já que elas são dois sucessos da minha trajetória, por terem sido trilhas sonoras de novelas, e me abrirem espaços importantes. Em seus arranjos originais elas já possuem alguns elementos eletrônicos. Agora, em Eletrocarimbó, nós vamos além e destacamos ainda mais esses elementos. O Lucio, responsável por esses remixes, utilizou alguns elementos originais das músicas, como percussões, guitarras e sopros, adicionando synths, efeitos e bumbos eletrônicos.


Foto: Tereza e Aryanne

Dentre as inéditas, Vem Me Namorar é um eletrocarimbó merengado, parceria sua com Matheus VK. Ela foi composta para esse disco?

Ela foi composta antes mesmo da pandemia nos alcançar. Matheus me enviou uma parte da música no início de 2020, me dizendo que era a minha cara e que só eu poderia termina-la para que entrasse em um projeto que ele lançaria. Quando eu ouvi entendi que se tratava de um carimbó com a pegada moderna do Matheus e eu adorei. Foi assim que surgiu essa parceria. Ele acabou não gravando “Vem em namorar” e eu lancei agora no Eletrocarimbó. A versão está  sendo super bem recebida pelo público: em menos de 24h de lançada alcançou mais de 4 mil plays, em uma única plataforma de streaming. Essa é uma marca muito boa para uma artista independente como eu.

Já O Que É Que Ela Tem?, também inédita, foi composta à distância ano passado, em parceria com Jana Figarella. Como foi essa parceria virtual de vocês?

Essa é uma parceria minha com a Jana que surgiu em junho de 2020. Ela me propôs fazermos uma música para o aniversário de Santarém, que ela cantaria em um telejornal local, e queria apresentar algo novo. Tínhamos pouco tempo para compor e fizemos em um dia essa música. Inclusive gravamos um clipe: eu dentro de casa e ela em Alter do Chão, que lançaremos em breve. Afinal acabamos não lançando a música no ano passado e agora ela entrou nesse projeto. A música faz um paralelo entre uma personagem feminina e a cidade de Santarém, perguntando sempre o que é que ela tem. Aí vamos falando das belezas e da cultura da cidade.


Foto: Tereza e Aryanne

Com as limitações aos shows presenciais, a lives têm levado música até as pessoas e movimentado os profissionais que vivem da cultura e especificamente da música. Você gosta do formato, pretende seguir produzindo lives?

Eu gosto do formato, apesar de ser difícil monetizar e fazer com que as lives nos deem retorno financeiro. As grandes marcas acabam se interessando somente por grandes artistas do mainstream: os artistas independentes têm que buscar editais de determinadas marcas ou do poder público. Mas acho que esse formato veio pra ficar e, em alguma medida, acho que essa aproximação dos artistas menores com as marcas pode melhorar.

O que tem ouvido ultimamente?

Tenho ouvido o afropop da nigeriana Yemi Alade, o eletro tropical da banda colombiana Bomba Estéreo e, claro, o meu parceiro Lucio K. Tudo isso funcionou como inspiração e referencia para o Eletrocarimbó.


Confira alguns destaques do trabalho de Lia Sophia:

Lia Sophia – Parece Feitiço (CLIPE OFICIAL)

Lia Sophia – Ai Menina (Lucio K Remix) (ANIMAÇÃO)

Incendeia – participação especial dos fãs

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Foto: Tereza e Aryanne

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