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Sintonizando com Francisco, El Hombre

“Somos as fronteiras que cruzei” é o que diz a música homônima da banda Francisco, El Hombre. E nada poderia resumir melhor esse grupo cuja arte não se limita a fronteiras. Formado pelos irmãos mexicanos Sebastián (bateria e voz) e Mateo Piracés-Ugarte (violão e voz) e pelos brasileiros Juliana Strassacapa (voz), Andrei Kozyreff (guitarra) e Rafael Gomes (baixo), Francisco, El Hombre conta com um som bem diversificado e letras em português e espanhol, fazendo o público brasileiro cantar em espanhol e levando a língua portuguesa para toda a América Latina. Nesta entrevista à Abramus você conhece um pouco mais da história e dos novos projetos.

Sebastián e Mateo, a música entrou na vida de vocês muito cedo. Falem um pouco como tudo isso começou.

A música entrou na vida minha e do meu irmão justamente porque mudávamos muito de pais. A gente ainda aprendendo a falar, ler e escrever, mudava de país e com isso de idioma. Então começamos do zero. Nossos pais nos colocavam sempre em aulas de piano, flauta, iniciação musical, violão, bateria, etc. porque era o único idioma que é o mesmo em todos os países que morávamos. Era a linguagem que não tínhamos que começar do zero para nos expressar.

Como que surgiu a Francisco, El Hombre? Como se conheceram e como se juntaram para formar a banda? 

Então, já morando no interior de São Paulo, começamos a montar bandas, sonhar com uma vida de música que continuava essas eternas viagens e mudanças na nossa vida. Fomos nos aproximando das pessoas que tinham um sonho parecido, criando uma cena musical dentro das cidades que íamos tocar com nossas bandas de punk de adolescência. Essas pessoas foram virando melhores amigas, companheiras de casa e então na hora que surgiu uma ideia de viajar pela América latina tocando com uma nova pseudo-banda, esses melhores amigos foram quem convidamos para ir junto. Assim se formou a banda, uma desculpa para uma viagem despretensiosa com os melhores amigos e amigas.

A Francisco, El Home já fez turnê em alguns países e certamente têm muita história pra contar. Qual foi a experiência mais louca que vocês já viveram nessas viagens?

A banda passou por infinitas histórias. Teríamos um livro inteiro pra escrever. (Até já estamos escrevendo há uns anos). 

Uma história que deixo aqui exclusiva nessa entrevista é quando tomamos calote pelo interior de São Paulo, em turnê. Um produtor cancelou nosso show enquanto estávamos há caminho e não tínhamos dinheiro suficiente para voltar para casa. 

Estávamos mais próximos de Marília, então paramos lá, vasculhamos todos os grupos de faculdade que existiam, amigos de amigas de amigos que conheciam gente na cidade e etc… Na necessidade total descobrimos um bar que não teria show aquela noite. Descolamos um show e caminhamos pela cidade inteira divulgando uma festa surpresa. 

Decidimos chamar ela de “Festa Secreta”, porque imaginamos que todo mundo gostaria de ir numa festa secreta. 

Na base do boca a boca, divulgação com violão na mão pela cidade, conseguimos lotar com 400 pessoas um evento que criamos 12 horas antes, numa cidade aonde não conhecíamos ninguém e nem alguém nos conhecia. 

A fome e necessidade faz você criar um jeito de fazer a vida se desenrolar, né? 

Um salve ao Cão Pererê, de Marília!



O som da Francisco, El Hombre é bem diferenciado. Quais são suas maiores referências musicais?

As referências da banda mudam a cada semana. Posso dizer que no momento de turnê do RASGACABEZA, o disco que lançamos por último, a referencias se mantém entre Mano Negra e The Prodigy. BWG também acredito que se encaixa aí. 

Porém, já estamos com novas referências para criar nosso futuro.

Como foi a experiência de lançar o EP, “Francisca, la braza”, em parceria com a banda Braza e como surgiu essa ideia?

Fazer o Francsica, La Braza foi uma das experiências mais ricas. Somos grandes admiradores do trabalho que a galera do Braza faz, desde antes dessa banda. Conhecer o ritmo de trabalho, a conexão, os métodos de criação deles, nos enriqueceu muito. São pessoas muito autônomas, sabem fazer todas as etapas da produção musical, então também sabem exigir o melhor. Aprendemos muito. Salve ao Braza!



Vocês têm muita experiência em shows de rua, apresentações mais intimistas e em 2019 vocês tiveram a primeira experiência em tocar no Rock In Rio, no palco Sunset. Como que vocês descrevem a diferenças entre esses tipos de apresentação e interação com o público?

A experiência de tocar no Rock In Rio foi especial porque foi filmada. Pude ver de novo nosso show e ver como a nossa maior escola, que é a rua, criou mecanismos ao vivo que usamos até hoje. Nossa conexão com o público, poder brincar com quem veio nos assistir, isso tudo vem do que aprendemos na rua. 

Tem coisas que nunca se esquecem: andar de bicicleta, amar de forma platônica, etc. Tocar na rua por anos foi uma lição que mudou tudo que faremos pelo resto da vida, enquanto artistas.

Vocês lançaram em janeiro o single e o clipe de “Matilha”. O que o público pode esperar para 2020?

Em 2020 podem esperar bastante intensidade, estaremos rodando tudo que pudermos com esse show. É para fazer todes suarem, todes expurgarem, todes abrirem espaço pro que vem por aí. Internamente já estamos bolando os planos que vem para depois, mas isso só falaremos publicamente no ano que vem. 

Agora, é RASGACABEZA!


Confira alguns destaques do trabalho da Francisco, El Hombre:

Francisco, El Hombre – ENCALDEIRANDO (Clipe Oficial)

Francisco, El Hombre – Triste, Louca ou Má (Clipe Oficial)

Francisco, El Hombre – Calor Da Rua (Clipe Oficial)


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Rodrigo Gianesi (Direitos Reservados)

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