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Perguntas Frequentes

Categoria: Música

559. A função social do direito autoral na música

Foto: Freepik.

Publicado em 13/09/2023 

Como o direito autoral colabora em ações sociais entre as áreas musicais.

A música é um espaço de muitas emoções e feitos para a sociedade. 

Isso é fato. 

Entre reflexões, propósitos que se criam através desse sonho e paixão, também existe um lado que talvez poucos pensem de prontidão: o lado social do direito autoral.

Esse é um tópico que foi abordado em nossa Revista Abramus, em sua 44º edição, através de João Portela, nosso representante e A&R da Abramus Bahia. 

E hoje, vamos abordar este tema de extrema importância para elencar os diversos aspectos e pontos de vista dessa causa. 

Vamos lá? 

  • À primeira vista

Na matéria, João conta como a música entrou em sua vida através de sua família, em momentos familiares com seus pais e avós, até a música popular brasileira nas rádios, quanto os momentos de vitrola com músicas clássicas. E ter este contato desde pequeno o fez chegar neste momento em que, por mais que tivesse existido a curiosidade de tocar um instrumento, encontrou outras maneiras de atuação dentro da música. Hoje, representante e A&R da Abramus na Bahia, João exerce uma das funções mais nobres dentro da música: obter e gerenciar o retorno financeiro de obras artísticas. 

Como diz João: 

“Muitas vezes, o autor só tem essa música, esse único patrimônio intelectual para sobreviver. Zelar por isso é gratificante.”

  • Ações sociais Abramus

Para além da inserção da música na vida de um ser humano, criação de propósito e muitas vezes, como o caso citado acima, futuro. O setor artístico também se movimenta em torno de ajudar a própria cena de maneira prática.

Alguns destes casos honrosos ocorreram durante a pandemia, onde diversos artistas se encontraram em situação de vulnerabilidade, precisando de cestas básicas, e a Abramus criou duas ações sociais para que houvesse coletas de alimentos para instituições que abrigam artistas.

A primeira delas foi a “Campanha Humanitária Artística”, feita em 2020, onde a Abramus criou e fomentou um leilão virtual e conseguiu arrecadar 32 toneladas de alimentos. 

E, a segunda dela, ainda durante a pandemia, a campanha “Percentual Solidário”. Nesta campanha a Abramus entrou em contato com seus principais associados, propondo a doação de percentuais para que fossem revertidos em cestas básicas.

Todas as campanhas da Abramus geraram doações que foram revertidas para instituições públicas e privadas que zelam por artistas musicais em situação de vulnerabilidade. 

Ações com essas e todo caminho que a música e o direito autoral rege na vida de um artista, seja ele dono dos maiores percentuais de arrecadação ou um artista iniciante, é um ofício extremamente nobre. Um criador ter a possibilidade e oportunidade de gerar renda, sustentar sua vida e de seus familiares através da arte, das arrecadações de sua própria expressão artística e vivência, é algo de extrema importância e beleza na vida.

Para muitos, é sobrevivência em todos os sentidos.

Ter um sistema regido por leis, processos e grandes profissionais que garantem esse direito e esse funcionamento da área autoral é um grande reconhecimento e retorno, tanto para associações com a Abramus, quanto para toda uma sociedade artística. 

Leia mais sobre este tema através dos olhos e palavras de João Portela, que nos inspirou no aprofundamento neste assunto. 

Aqui na Revista Abramus #44.

560. Sintonizando com Diego e Danimar

Foto: Marcelo Souza.

Publicado em 18/09/2023

Diego e Danimar, dois talentosos irmãos catarinenses, são músicos, arranjadores, compositores e intérpretes. São artistas que personificam a combinação de talento e perseverança.

Danimar desenvolveu uma carreira brilhante como compositor, com mais de 2 mil composições gravadas por diversos artistas, como Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, César Menotti & Fabiano, Chrystian & Ralf, Gusttavo Lima e muitos outros.

Diego é um respeitado arranjador e produtor musical, conhecido por sua criatividade. Ele emprestou seu talento a diversos artistas renomados no cenário musical brasileiro produzindo inúmeras duplas sertanejas e bandas.

Com uma carreira que abrange mais de três décadas, a dupla compartilhou conosco suas experiências, desafios e triunfos ao longo do caminho.

1 – Quais são as principais influências musicais que moldaram o som de vocês?

Na música sertaneja, sem dúvida Léo Canhoto e Robertinho, Matogrosso e Mathias, João mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico. Mas tivemos outras influências importantes na música como: Roberto Carlos, e algumas bandas como Nazareth, Bon Jovi, e Beatles.

2 – Qual é a música mais importante ou significativa que já gravaram até agora e por quê?

A mais importante foi sem dúvida a música MOCINHO E BANDIDO, lançada em 1992 pela antiga gravadora Polygram. Era uma época difícil para a gente no começo dos anos 90, já estávamos morando em São Paulo, mas não tínhamos muitas oportunidades, mesmo assim não desistimos e pagamos a gravação desse LP com 11 músicas, incluído a Mocinho e Bandido, cantando na noite paulista. Foi a partir da gravação dessa música, que passamos a ser mais conhecidos no meio musical, como também em muitas regiões do Brasil. Essa música chegou a ficar entre as mais tocadas daquele ano em São Paulo, Rio de Janeiro, algumas rádios de Minas Gerais e no Sul do país também.

3 – Como é o processo de composição das músicas da dupla?

Nossos siscos e CDs, sempre tiveram, em sua maioria, canções românticas. Não só compomos nossas músicas, mas também cuidados de todo o processo. Desde o arranjo, até produção musical e finalização.

Foto: Marcelo Souza.

4 – Quais são os desafios e as recompensas de ser uma dupla sertaneja no cenário musical atual?

O grande desafio é continuar fiel ao nosso estilo musical, de letra, melodia e arranjos, mas sem perder a qualidade e o contato com a música sertaneja atual.

Por exemplo, na década de 90 as canções chegavam a 4 minutos e 30 segundos de duração, e às vezes até mais. Hoje, o ideal é contar a mesma história com conteúdo e qualidade, em uma música que de preferência tenha até 3 minutos de duração.

A recompensa é cantar a música que gostamos, é continuar a ter prazer em gravar novas músicas e ver a aceitação dos nossos fãs.

5 – Como vocês veem o futuro da música sertaneja? Existem novas tendências ou elementos que vocês planejam incorporar em sua música?

Difícil dizer qual o futuro da música sertaneja. Sinceramente, esperamos que as novas gerações continuem a fazer música pela música. Pensando na qualidade das letras, melodias e arranjos, pensando também na consolidação de suas carreiras, e não somente no resultado imediato.

Nós sempre estamos inovando e colocando novos elementos em nossas músicas e arranjos. Um exemplo disso foi o começo dos anos 90 quando compusemos e criamos o arranjo de “Prazer por Prazer”, gravada por Chrystian e Ralf, “Outra vez por amor”, “Não tenha dúvida”, Eu acabo Voltando” gravadas por Zezé Di Camargo e Luciano. Isso para citar apenas alguns exemplos.

6 – Quais são os planos e projetos futuros para a carreira de Diego e Danimar?

Estamos lançando uma nova música nos próximos dias com a participação dos nossos amigos Gian e Giovani. E também já escolhendo repertório e preparando as maquetes para a gravação do nosso terceiro DVD da carreira.

Foto: Marcelo Souza.

7 – Como é a relação com os fãs? Vocês têm alguma mensagem especial que gostariam de enviar para eles?

A relação com os nossos fãs é de proximidade, respeito e muita gratidão.

Em 2024 vamos completar 35 anos de carreira. E nesses anos todos, é incrível como nossas músicas tem identificação com o cotidiano das pessoas. Compusemos e criamos o arranjo de “Dois corações e uma história”, uma das mais belas obras da nossa música sertaneja romântica, gravada por Zezé Di Camargo e Luciano. Esse é o mais puro exemplo de como nossas canções tocam diretamente o coração de quem as escutam. É muito verdadeiro o que escrevemos. A mensagem aos nossos fãs é:

“Somos muito gratos pelo carinho que recebemos de todos vocês. Cada mensagem em nossas redes sociais, cada comentário no nosso YouTube sempre nos incentivando, cada abraço e palavra de carinho que recebemos em nossos shows, são motivos para continuarmos a fazer música. Nosso maior objetivo é trabalhar sempre na ideia de cada vez mais superar a expectativa de vocês nossos fãs e amigos com as melhores músicas e o melhor show, com humildade e carinho”.

8 – Quais conselhos vocês dariam para os artistas que estão tentando entrar no cenário da música sertaneja?

Cantar e gravar canções que sejam a sua verdade. Não desistir quando chegarem os primeiros obstáculos. Seguirem firmes e procurarem fazer sempre o seu melhor, que o resultado e sucesso são consequência.

Lembrando que uma carreira se constrói dia a dia e às vezes pode demorar um pouco, mas o resultado vem.

561. Abramus no Grammy Latino

Foto: Freepik.

Publicado em 22/09/2023

Uma das premiações mais aguardadas por artistas e profissionais da música está chegando: o Grammy Latino!
A lista das indicações saiu oficialmente na última terça-feira (19/09) e nela, muitos titulares da Abramus.

Organizado pela Academia Latina da Gravação, a premiação internacional celebra os talentos da música latina e seus criadores em sua 24ª Entrega Anual do Grammy Latino, no dia 16 de novembro, na Espanha.

Vamos conferir os titulares da Abramus indicados?
Parabéns a todos!

Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa

  • Quintal – Melim

Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

  • Olho Furta-Cor – Titãs

Melhor Álbum de Música Popular Brasileira

  • Serotonina – João Donato
  • Daramô – Tiago Iorc

Melhor Álbum de Música Sertaneja

  • Ao Vivo no Radio City Music Hall Nova Iorque – Chitãozinho & Xororó [Onda Musical]
  • É Simples Assim (Ao Vivo) – Jorge & Mateus
  • Decretos Reais – Marília Mendonça
  • Raiz – Lauana Prado

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa

  • Do Amanhã Nada Sei – Almir Sater

Melhor Canção em Língua Portuguesa

  • Tudo O Que A Fé Pode Tocar – Tiago Iorc & Duda Rodrigues
  • Do Acaso – Alice Caymmi feat. Chico César

Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa

  • 30 Anos – Vol 1 – Aline Barros
  • Novo Tempo (Ao Vivo) – Casa Worship
  • Único – Fernandinho
  • Preto No Branco Vertical (Ao Vivo) – Preto No Branco
  • Nós – Eli Soares

Melhor Álbum de Engenharia de Gravação

  • Daramô – Bruno Giorgi, mixer; Randy Merrill, mastering engineer (Tiago Iorc) 
  • Solar – Thiago Baggio, engineer; Thiago Monteiro, mixer; Thiago Monteiro, mastering engineer (Vanessa Moreno)
  • Depois Do Fim – Túlio Airold, engineer (Lagum)
  • Quietude – Rodrigo de Castro Lopes, engineer (Eliane Elias)

Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa

  • Da Favela Pro Asfalto – Àttøøxxá & Carlinhos Brown

Melhor Álbum Instrumental

  • Choro Negro – Cristovão Bastos e Mauro Senise

Estamos na torcida pelos nossos associados!

562. Pagamento de SETEMBRO disponível!

Publicado em 25/09/2023.

O pagamento de SETEMBRO já está disponível!

Confira as rubricas contempladas este mês:

  • Cinema;
  • Festa Junina;
  • Show.

Clique aqui e veja as definições das rubricas.

Mantenha sempre seu cadastro atualizado em cadastro.titular@abramus.org.br

563. Replay de setembro

Publicado em 27/09/2023.

Chegou o replay do mês para quem está sempre correndo, mas quer ficar por dentro de tudo. A Abramus te ajuda!

Abramus e Henrique Portugal juntos em Minas Gerais!

Henrique Portugal, ex-tecladista da banda Skank e recém-associado Abramus, é o representante da nova filial de Minas Gerais. O convite foi feito pelo CEO da Associação, Roberto Mello.

Portugal avalia que a oportunidade é uma forma de retribuir tudo que a música lhe deu, e espera fortalecer os laços entre a Abramus e os artistas locais, e o compromisso de proteger e defender os direitos autorais dos titulares, principalmente os da nova geração.

“Cheguei à conclusão de que nossa área precisa de pessoas que se interessem em regulamentá-la e cuidar das relações institucionais. Encontrei-me com o Mello e ele me perguntou se não queria ser o representante da Abramus em Minas”, comenta Portugal ao jornal Estado de Minas.

Leia na íntegra aqui.

Foto: Welber Padua.

A Abramus fez um carrossel com o passo-a-passo para quem tem dúvidas em como preencher o cue-sheet, documento usado para registrar todas as obras musicais executadas dentro de trabalhos audiovisuais como filmes, novelas, seriados, programas e desenhos.

Confira.

A Rainha da Sofrência é homenageada em projeto de lei que propõe a criação de uma Comenda com o nome de Marília Mendonça para homenagear artistas da música sertaneja goiana.

Entenda mais.

Foto: Instagram Oficial @mariliamendoncacantora

Como funciona a sucessão dos direitos autorais referentes à execução pública de música para os herdeiros de autores. Você sabe como funciona essa transferência de direitos? 

Agora você já pode ficar informado e protegido.
Clique aqui.

A grande artista Sandy, é a homenageada no quadro Associado Abramus. A cantora e compositora que iniciou sua carreira ainda na infância, percorre carreira solo e mantém ao longo dos anos sua base fiel de fãs, além do novo público que acompanha sua fase atual.

Confira a trajetória de carreira, vida e novidades de Sandy.

Foto: Agência Brasil News.

A violonista, cantora e compositora Badi Assad segue encantando corações e palcos ao longo dos anos de carreira. E dessa vez, foi entrevistada para o nosso Sintonizando, contando um pouco de sua trajetória e planos para o futuro.

Saiba mais.

Foto: Tereza Maciel.

Neste artigo do blog, a Abramus exemplifica e explica os diferentes nichos dentro do mercado musical e suas funções, ajudando você a compreender seus respectivos funcionamentos.

Confira.

Foto: Freepik.

Uma das premiações mais aguardadas por artistas e profissionais da música está chegando: o Grammy Latino!

A lista das indicações saiu oficialmente no dia 19/09 e nela, muitos titulares da Abramus.

Organizado pela Academia Latina da Gravação, a premiação internacional celebra os talentos da música latina e seus criadores em sua 24ª Entrega Anual do Grammy Latino, no dia 16 de novembro, na Espanha.

Parabéns a todos!
Confira os indicados.

Foto: Freepik.

Roberto Mello, diretor executivo da Abramus, esteve em reunião com a Kobalt Music, no escritório da editora, em Miami. Ele foi acompanhado pelo diretor de Relações Internacionais, Gustavo Gonzalez.

A Kobalt Music é uma das maiores editoras do mundo, com uma atuação que revolucionou o mercado da música nos últimos anos.

A Abramus e a Kobalt têm uma relação de longa data, há mais de dez anos sendo parceiras e trocando ideias sobre o mercado e novos projetos.

Será que vem novidade por aí?

Confira aqui.

Foto cedida por Gustavo Gonzalez.

Essas e outras novidades você encontra aqui na Abramus.

Quer ficar por dentro em tempo real? Siga nossas redes sociais e confira as informações e novidades do mercado musical e nossos artistas.

564. Sintonizando com Cris SNJ

Foto: Jorge Lepesteur.

Por Vanessa Castro.

Publicado em 02/10/2023.

Há mais de 20 anos no Rap, conhecida pelo seu discurso feminista, militante e coerente. Fez parte de um dos maiores grupos do nosso Rap Nacional – SNJ (Somos Nós a Justiça).

1 – Conta pra gente como foi o seu início na música?

Sempre gostei de poesia e me lembro de ainda na adolescência fazer a versão de um samba em forma de Rap, com o nome “vida bandida”, isto por volta de 94.

Eu frequentava os lugares onde tocava Rap, como a Casa de Cultura de Santo Amaro, onde eu vi pela primeira vez a MC Regina no front, que para além de fazer parte da organização mandava rimas.
Foi vendo ela fazer essa articulação e ouvindo o disco “Consciência Black” que de quebra trazia o som

“Nossos Dias” da Sharylaine, e “Tempos Difíceis” do Racionais. Esse foi o início para que eu quisesse fazer Rap e poder me expressar sobre as lutas, medos, amor e desigualdades.

2 – Em meados dos anos 90, surgiu o SNJ (Somos Nós a Justiça). Vocês, através das letras e mensagens, falavam sobre a realidade da periferia. De lá para cá, mudou algo?

Sim, desde os anos 90 até hoje, houve algumas mudanças no cenário do RAP, que ao longo dos anos evoluiu e se diversificou. Hoje, há muitos artistas e grupos que abordam diferentes temas e estilos musicais dentro do gênero e com o avanço da tecnologia e das redes sociais, as mensagens são mais divulgadas e têm alcance mais amplo.

Porém, apesar das mudanças, ainda existem artistas que mantêm o compromisso de falar sobre as questões que ainda enfrentamos nas periferias.

Foto: Jorge Lepesteur.

3 – “Evoluindo através dos tempos” foi lançado em 2017. Como foi essa transição de grupo para trabalho solo?

É o sentimento de liberdade sobre escolhas que fiz para construção desse disco, escolher os produtores e fazer um som produzido pelo DJ QAP (in memorian), onde eu pude ter vivências, recordações e aprendizados que trago para vida.

Também pude trazer um som com a Stefanie que é referência no Rap, defendendo nosso lugar de fala dentro da Cultura, viajar por outra vertente musical com o Adonai (cidade verde sounds), foi uma experiência engrandecedora.

Após 6 anos, olho para trás e me orgulho, mas tenho buscado evoluir musicalmente. Essa transição foi essencial pro crescimento pessoal e profissional.

4 – Como é o seu processo de criação/composição?

O meu processo criativo acontece de variadas formas. Já aconteceu de sonhar com a letra e melodia e só colocar as ideias no papel, algo intuitivo.

Assim como pode ocorrer da inspiração vir de vivências, momentos, pode vir de qualquer lugar e é o ponto de partida para composição.

Em seguida, desenvolvimento de ideia, experimentar ritmos e melodias, criar ponte, refrão, definir como essa ordem vai aparecer na música.

Foto: Jorge Lepesteur.

5 – Sobre ser uma representatividade, você acredita que hoje as mulheres conseguem um espaço com menos obstáculos na cena?

Já teve uma grande luta e espaços alcançados por mulheres que lá trás pavimentou essa via, que hoje são grandes referências.

Os obstáculos sempre vão existir porque o Rap é um movimento machista.
Poderia colocar aqui inúmeras situações de boicotes que vivi e ainda vivo, que me leva a pensar se o racismo também contribui para que torne o pior cenário ainda.

6 – Como você observa o atual cenário do Rap Nacional?

Há um tempo, o Rap não tinha espaço e não era considerado música. O Rap ultrapassou barreiras entre as classes, cor e gênero e se popularizou sendo uma das fontes mais rentáveis no mercado fonográfico.

O rap tem se mostrado uma forma de expressão artística poderosa, abordando diversas temáticas, incluindo questões sociais e políticas.

Podemos dizer que o cenário atual do rap é marcado pela diversidade, autenticidade e força de sua mensagem.

Foto: Jorge Lepesteur.

7 – Conta pra gente, o que você tem escutado? O que toca na sua playlist?

Na minha playlist toca diversos estilos musicais.
Grandes sambistas, como Yvone Lara, Giovanna, Leci Brandão e outros artistas do rap, trap e MPB.

8 – Você lançou recentemente o Single “Aqui É Zika”. Pretende lançar este ano mais singles, ou até mesmo um álbum na íntegra?

Tenho alguns singles para serem lançados ainda neste ano.

O próximo passo é lançar meu EP que está em processo criativo, porém já posso dar o spoiler de que vai trazer Ancestralidade e Africanidade no seu ritmo.
Aguardem!

Foto: Jorge Lepesteur.

9 – Quais os próximos passos da Cris?

Os próximos passos, incluindo o EP, é buscar fazer músicas com artistas os quais são minhas referências para além do Rap e ir trabalhando em outros projetos futuros.

565. Tudo o que você precisa saber sobre ISRC

Foto: Freepik.

Publicado em 11/10/2023.

O ISRC (International Standard Recording Code ou Código de Gravação Padrão Internacional) é um código para identificar de forma única as gravações (fonogramas) e um tema que gera muitas dúvidas entre os artistas.

Pensando nisso, reunimos as principais dúvidas dos nossos associados neste blog para te ajudar a entender melhor como funciona este código tão importante que garante também a devida remuneração dos direitos conexos. Vamos lá?!

Cada fonograma cadastrado tem um código ISRC próprio e único, onde contém a informação de todos os participantes desta determinada gravação.

O Produtor Fonográfico é o responsável por gerar e cadastrar o ISRC. O Produtor Fonográfico pode ser uma gravadora ou a pessoa física ou jurídica responsável economicamente pela gravação.

O ISRC é composto por 12 caracteres, que contém a informação de onde, quando e quem possui a gravação (fonograma). O ISRC é alfanumérico, utiliza números arábicos (0 a 9) e letras do alfabeto romano (A a Z). Veja abaixo:

BR-XXX-23–00001

  • BR, BX, BC ou BK – Corresponde à sigla do país onde foi gerado o ISRC. Cada país tem um radical diferente. No Brasil são utilizadas as siglas BR, BX, BC e BK;
  • XXX – Este campo contém a sigla (sempre três dígitos) que corresponde ao código do Produtor Fonográfico responsável pelo ISRC;
  • 23 – Este campo é destinado ao ano em que o ISRC foi gerado;
  • 0001 – Corresponde ao sequencial. O primeiro ISRC gerado.

Agora que você já entende o que é o ISCR e como ele funciona, chegou a hora de entender com mais precisão como proceder em algumas situações:

Caso eu queira gravar um cover, posso cadastrar o fonograma gravado com os artistas pendentes?

Primeiramente, para gravar um cover é necessário ter a autorização dos autores ou da editora musical.

Para o cadastro do fonograma é necessário que você tenha em mãos o nome completo e o CPF de todos os participantes dessa gravação. Assim, o Ecad consegue identificar cada um dos participantes e distribuir corretamente os valores.

Importante: Quando você for cadastrar o ISRC você deve associá-lo à obra do autor original. Caso a obra original não esteja cadastrada, é possível cadastrar uma obra pendente indicando os autores dessa obra.

Caso eu crie minhas músicas no computador, posso me cadastrar no ISRC como único autor de tudo?

Cadastros de obras e fonogramas são coisas diferentes e os cadastros também são distintos.

A obra é a composição e só pode ser cadastrada pelo autor (ou editora).

O ISRC é a gravação da obra.

No ISRC você faz a associação da obra original e cadastra os integrantes que participaram dessa gravação.

Se você fez tudo no computador, no seu ISRC você é o intérprete, músico e produtor fonográfico.
Se você também é o autor, também é necessário que cadastre a obra.

Sou cantor, mas gostaria de eu mesmo gerar o ISRC pois financio meus projetos. É possível? 

É possível sim. O ISRC é gerado pelo Produtor Fonográfico, ou seja, quem arcou financeiramente com toda a gravação. Se você financia seus projetos, você mesmo é o Produtor Fonográfico e quem vai gerar seus ISRCs.

Importante: Você precisa estar cadastrado na sua associação na categoria de Produtor Fonográfico para gerar os seus ISRCs.

Gerar ISRC depois de lançar uma música retém os ganhos mesmo assim?

Em relação ao nosso trabalho, que é a distribuição de direitos autorais referentes à execução pública, os créditos ficam retidos até que o cadastro seja efetuado, desde que as execuções da música sejam em locais pagantes do Ecad.  Os créditos ficam retidos por 5 anos, após este período, prescrevem.

Se você já lançou a música nas plataformas, provavelmente você gerou o ISRC através da distribuidora. Atualmente é possível validar o ISRC gerado nas agregadoras no Ecad, fazendo com que o mesmo seja válido na execução pública.

Meu código ISRC foi gerado pela minha distribuidora e agora não consigo cadastrar na Abramus. O que devo fazer?

Os códigos gerados pelas distribuidoras são válidos apenas para o digital. No entanto, é possível “validar” esse ISRC também no Ecad para que seja válido para a Execução Pública.

No Portal da Abramus é possível cadastrar esse fonograma gerado pelas distribuidoras.

Nesse link aqui você encontra um tutorial de como fazer esse cadastro.

Em quanto tempo é gerado?

Pelo portal Abramus, ele é gerado assim que você preenche os dados de gravação e finaliza o cadastro do fonograma.

Embora o cadastro entre em análise para ser efetivado no sistema Abramus/Ecad, o código de ISRC é gerado no momento da finalização do preenchimento.

Gerar o ISRC em meu nome me fará dono do fonograma?

Sim. Quem gera o ISRC é o dono do fonograma.

Ainda tem dúvidas sobre o tema?

Entre em contato conosco por meio do e-mail faleconosco@abramus.org.br

566. Sintonizando com Cesar Camargo Mariano

Foto: Marcio Lisa.

Por Belinha Almendra.

Publicado em 16/10/2023.

Pianista, arranjador, produtor e compositor, Cesar Camargo Mariano é um dos músicos brasileiros mais requisitados e celebrados em todo o mundo. Criador de arranjos célebres para grandes vozes da MPB, Cesar acaba de completar 80 anos, em 19 de setembro, compondo e criando novos projetos. Dos Estados Unidos, onde vive, o músico conversou com a Abramus. Confira.

1 – Você vem de uma família musical: seu pai ouvia música clássica e sua mãe música americana e jazz. Quando lhe apresentaram o piano, o que você sonhava em tocar? 

Sonhava em tocar as músicas que ouvia nas rádios, que minha mãe e minha avó ouviam, e nos filmes que assistia nos cinemas. Aquelas músicas orquestrais me fascinavam e eu sonhava, um dia, poder fazer aquelas orquestrações e arranjos. Eram estas as minhas preferências até então. O instrumento piano só entrou em nossa casa no dia do meu aniversário de 13 anos. E quando o piano chegou, algo muito forte aconteceu, me senti intimamente conectado a ele. Sentei e comecei a tocar. Por consequência, comecei a ouvir e a tocar Jazz e Choro, mais especificamente, que era o que ouvia em casa e que tocava nas rádios. A Bossa Nova ainda nem havia começado. Mais tarde vieram os arranjos e as orquestrações. E então me realizei totalmente.

2 – Você já tocou com grandes intérpretes, como Gal Costa, Elis Regina, Nana Caymmi, Leny Andrade, Ney Matogrosso. Antes desta época, ainda nos anos 1960, alguns músicos de jazz não gostavam muito de cantores: era o seu caso?

Sempre gostei muito de cantores. Talvez essa seja uma característica do músico que é também arranjador. Fazer arranjos para cantores, para mim, é o mesmo que fazer uma trilha sonora para um filme. Você tem um tema, uma história e uma interpretação para criar a estrutura de uma obra musical. É fascinante.

3 – Impossível ouvir “O Bêbado e a equilibrista” e “Velha roupa colorida”, por exemplo, sem associá-las aos arranjos que você criou para Elis. Quando começou a escrever arranjos?

Eu devia ter uns 19 anos. Por ser autodidata, os primeiros arranjos foram um trabalho duro e muito difícil para mim. Mas aproveitei cada oportunidade e experiência para desenvolver e continuar desenvolvendo este caminho maravilhoso do arranjo e da orquestração.

4 – Para o projeto “Joined”, lançado em 2017, você convidou músicos europeus da música clássica para tocar ao lado do seu trio: Benoit Fromanger (flauta), Rüdiger Liebermann (violino) e Walter Seyfarth (clarinete). Como se deu a interação entre diferentes estilos musicais?

Nos conhecemos durante um festival de música erudita e popular em Trancoso (Bahia), onde eu era o diretor e curador de duas noites, a parte MPB e Jazz deste festival. Em conversas com os músicos europeus, eles demonstraram grande admiração pela música brasileira. Propusemos então que, em uma das noites, tocássemos juntos numa espécie de “Jam”. Como são exímios músicos clássicos, tinham grande preocupação por não terem intimidade musical com o estilo, com a improvisação. Disse então que poderia escrever para eles e eles toparam na hora. Fiquei muito entusiasmado com a vontade que demonstraram e com a experiência de mesclar os dois estilos. Foi um sucesso. A noite “Jam Session” tornou-se parte do festival e muito concorrida. Nos tornamos grandes amigos. Propus a eles que fizéssemos um projeto juntos: gravamos o DVD “Joined” e fizemos vários concertos no Brasil e na Europa.

Foto: Capa do projeto.

5 – Você lançou o livro de memórias “Solo”, quando completou 50 anos de carreira. Há alguma história divertida ou curiosa que tenha ficado fora?

Naturalmente muitas histórias ficaram de fora do livro. E como já se passaram 12 anos, já há muitas outras para contar. Que ficarão para um próximo. (risos)

6 – A história da família musical se repetiu: como é acompanhar as carreiras dos seus filhos? A música também é um assunto constante entre vocês?

Sem dúvida. Mas em suas carreiras não dou palpite ou opinião sem que me peçam. E quando pedem, sabem que vou dar minha opinião honesta e sincera.

567. Explorando o backing vocal

Foto: Freepik.

Publicado em 25/10/2023.

Um panorama dessa área musical pouco mencionada, porém primordial quando se trata de uma canção completa.

Muitas vezes não sabemos o que nos traz a sensação de “preenchimento” dentro de uma música. Como que a voz soa tão completa? Parece ter mais pessoas cantando junto ao vocalista principal, mas não fica muito claro para muitos de nós. 

Bem, de fato muitas vezes existem mais pessoas juntas naquelas vozes do fonograma, e outras vezes apenas uma backing vocal realizando diversas linhas de voz em diferentes momentos e notas complementares à principal, além de melodias que se cruzam de maneira harmoniosa com a da voz principal.

Pois é, não é uma tarefa fácil e demanda muito estudo.

E hoje vamos falar um pouco mais sobre essa nobre profissão que é o vocal de apoio.

Técnicas

Dentro do estudo há diversas técnicas possíveis a serem exploradas e executadas em palco e em estúdio, como: abertura de voz, uníssono, cama harmônica, backing em blocos, backing em contrapontos e muitas outras.

A abertura de voz se trata de cantar as notas complementares da nota principal, ou seja, a partir do acorde cantado pelo vocalista principal são identificadas as notas pertencentes ao acorde, podendo abrir em uma terça, quinta ou sétima, que são graus que partem da referência do acorde/nota principal e dão a sensação de preenchimento, de coro, quando todas linhas de vozes são unificadas no fonograma. 

Já o uníssono é quando se dá peso ao vocal principal cantando junto a ele ou ela, trazendo a sensação de ganho naquele vocal.

A cama harmônica é o vocal de apoio e sustenta uma harmonia que apresenta uma base complementar para a voz principal. Neste caso, é possível realizar a técnica a partir de murmúrios ou vocalises, sem nem precisar de palavras.

Backing em blocos é o apoio vocal que canta a mesma melodia que a voz principal, podendo aplicar as técnicas acima como forma complementar e dinâmica para esta performance. 

Backing em contrapontos atua como uma resposta para uma frase do vocalista principal, trazendo dinâmica e contrastes para a música – muito utilizado no jazz.

Dicas de como fazer um bom backing vocal

#1 – Seja afinado, pratique e estude com apoio de um bom preparador vocal; 

#2 – Inclua em seu repertório diversas músicas que lhe desafiem em técnicas como melismas e vibratos;

#3 – Caminhe por diversos estilos musicais, certamente eles lhe trarão práticas e percepções que poderão lhe ajudar, além de trazer criatividade e estilo próprio em sua performance.

Qual é a diferença entre backing vocal e segunda voz?

A segunda voz pode ser mais presente que o backing vocal, inclusive, muitas vezes até assumindo a voz principal. Já o backing vocal, como o próprio nome já diz, é um vocal de apoio que complementa os espaços que a voz principal lhe dá, aplicando diversas técnicas e formas de preenchimento. 

O backing também costuma ser algo pontual dentro das canções, com intuito de criar dinâmica, volume, peso e reforçar alguma intenção artística daquela obra/fonograma em específico. Todo backing vocal é intencional, diz algo sobre aquela canção. 

Para os que não haviam ainda olhado e ouvido o backing vocal por essa perspectiva, certamente ouvirão as músicas de maneira bem diferente daqui em diante. 

E você, ficou curioso para estudar e se aprimorar na técnica?

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