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Você já ouviu falar do “vinil de bolso”? Então olha essa novidade que a Abramus e a Rockambole vieram te contar!
Direto dos Estados Unidos, essa tendência apresenta discos em formato compacto de apenas 4 polegadas, combinando o charme retrô do vinil com um design moderno e portátil. A previsão é que chegue ao mercado norte-americano ainda este ano.
Perfeito para quem curte a praticidade do streaming, mas não abre mão do apelo físico e colecionável, o mini vinil mostra que o formato tradicional segue firme — e mais atual do que nunca.
Os números confirmam: segundo a consultoria Imarc, o mercado global de vinil movimenta cerca de US$ 2 bilhões por ano (quase R$ 11 bilhões), com um crescimento médio de 7% ao ano. Hoje, os discos representam metade da receita de mídia física no mundo.
E o Brasil também surfa nessa onda. Dados da Pro-Música revelam um crescimento de 45,6% no consumo de vinil por aqui, com um faturamento que já chega a R$ 16 milhões.
A ideia do “Vinil de Bolso” surgiu em 2023, quando Kohler procurou Drake Coker, CEO da Nashville Record Pressing, para discutir a viabilidade de produzir um minidisco. O conceito evoluiu até se tornar uma réplica em miniatura do tradicional vinil de 12 polegadas, com arte de capa, selos e áudio nos dois lados — só que no tamanho de um CD.
Apesar da proposta inovadora, a produção não foi simples. A equipe enfrentou diversos desafios técnicos, desde a composição do PVC e a masterização do áudio até o revestimento metálico dos moldes e a prensagem dos discos. Até mesmo a aplicação das etiquetas e a montagem das capas exigiram soluções de engenharia específicas.
Os criadores do Tiny Disco afirmam que o novo formato preenche uma lacuna no mercado: a fabricação dos minidiscos pode ser mais rápida do que a dos modelos tradicionais.
Por outro lado, nem tudo são flores — com um pedido mínimo de 2.000 unidades, o custo ainda é um obstáculo para bandas independentes e selos menores.
Ainda assim, vale ficar de olho. Essa novidade tem tudo para atrair tanto os nostálgicos quanto os curiosos — e reforça que, mesmo na era do digital, o vinil continua mais vivo do que nunca.
Texto: Barbara Freitas, com supervisão de Lorena Storani | Arte: Marcela Maciel