A maior associação de música e artes do brasil
Em meio ao crescimento acelerado do uso de Inteligência Artificial (IA) na música, a plataforma de streaming Spotify anunciou novas e importantes medidas para regulamentar a criação e distribuição de conteúdos na plataforma. O foco é garantir transparência total: artistas e editores deverão informar sempre que a tecnologia for utilizada em suas obras.
A iniciativa surge como resposta direta ao aumento de faixas que imitam vozes de artistas famosos — um fenômeno que reacendeu o debate sobre direitos autorais, ética e autenticidade na indústria musical.
A principal medida é a exigência da sinalização do uso de IA. Para padronizar esse processo, o Spotify adotará o modelo da organização DDEX (Digital Data Exchange), que permite indicar se a tecnologia foi usada de forma parcial ou integral. A Abramus foi a primeira empresa da América Latina a integrar a organização.
Além disso, a plataforma anunciou ferramentas adicionais para proteger o ecossistema musical, como filtros de spam mais eficazes e sistemas que coíbem a imitação vocal não autorizada, preservando a identidade dos artistas.
Reforçando o compromisso com a nova política, o Spotify revelou que já removeu 75 milhões de faixas que não atendiam às suas diretrizes. A empresa deixa claro que não busca proibir o uso criativo da IA, mas sim garantir que ele ocorra de forma ética, transparente e dentro da lei.
Com essas medidas, o Spotify dá um passo importante na construção de um novo equilíbrio entre tecnologia e criatividade.
A Abramus acompanha de perto essa transformação, liderando discussões para assegurar modelos de remuneração justos e a proteção dos direitos autorais de seus artistas.
Texto: Barbara Freitas, com supervisão de Lorena Storani | Arte: Marcela Maciel