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Sintonizando com Gabrelú

Trazendo consigo a força do hip-hop e uma expressão artística que transborda autenticidade, quem comanda o Sintonizando de hoje é o artista multifacetado, Gabrelú!

Atuando nas frentes audiovisual e musical, Gabrelú transforma suas vivências em obras que mesclam intensidade e sensibilidade, refletindo uma profunda conexão com a cultura urbana — que ecoa como referência estética e sonora em suas criações.

Em 2024, sua trajetória ganhou ainda mais visibilidade com a participação no reality “Nova Cena”, da Netflix Brasil — uma vitrine para os novos talentos do rap nacional, onde Gabrelú se destacou pela autenticidade e força da sua arte.

Vem sintonizar com Gabrelú!

Para começar, qual é a sua história com o rap? Quando começou a rimar e quais são suas principais referências?

Minha história com o rap é de quem sempre se encantou tanto pela batida quanto pela poesia. Escuto desde criança, às vezes porque alguém colocava para tocar, outras vezes por vontade própria, mas a música sempre estava presente nos lugares onde eu estava.

Na adolescência, comecei a fazer freestyle com os amigos “para gastar”, frequentava slams e batalhas, às vezes como público, outras rimando. Foi nesse processo que comecei a me sentir parte do movimento hip-hop.

Antes de me lançar como MC, em 2018, passei dois anos filmando grupos e artistas do rap no interior, produzindo videoclipes e documentários. Minhas referências vêm dos primeiros shows que assisti, do que passava na MTV e em outros canais de música, do toca-fita, dos CDs e do que estava rolando na rua.

São lembranças ligadas às mídias, aos filmes e aos artistas dos anos 90 e 2000: Sabotage, Racionais, RZO, SNJ, Criolo, Kamila CDD… e também da cultura local, do que era feito e do que a galera curtia ouvir.

Lembro de dois shows que fui com várias amizades e que me marcaram: Criolo e Emicida em Votorantim (2011) e SNJ em Sorocaba (2015). Ver ao vivo artistas que até então só estavam no fone ou na tela foi surreal, me deu um referencial potente de como ser MC.

Além da música, você atua como diretor criativo e ator. De que forma essas experiências influenciam sua carreira musical?

A direção criativa acrescenta muito na hora de contar histórias, de pensar cenários, atmosferas e emoções. É um processo intuitivo e sensorial, como se eu imaginasse em que lugar aquela faixa existiria.

Criar junto com pessoas da música, da moda e da cultura ampliou minha bagagem e me deu mais confiança para desenvolver ideias. A atuação foi a primeira dessas experiências e me trouxe consciência do corpo, da voz e da expressão.

Hoje, sinto que a performance é o que mais me conecta a quem me escuta, o que mais vejo instigar a galera nos shows. Música, direção e atuação são três frentes que se completam e me proporcionam não só criar, mas também viver encontros e trocas muito boas com outros criadores.

Como pessoa não binária, de que maneira suas vivências e perspectivas se refletem na sua arte?

É sobre se manter no “corre”, mesmo com os desafios. É algo meu, que me fortalece a continuar sendo quem sou e vivendo conforme acredito, mantendo a mesma abertura para a arte que mantenho para viver meu gênero e minha identidade.

Acredito que a arte existe justamente para expressar o que a gente sente e pensa, sem medo do novo ou do preconceito. Ela é tanto processo quanto resultado. Da mesma forma que a arte me dá força, tento devolver ao mundo em forma de liberdade, coragem e inspiração — para ser, viver e lutar por isso.

Sua participação no reality show “Nova Cena” apresentou seu trabalho a um novo público. Além da visibilidade, que outros impactos o programa trouxe para sua carreira?

O maior impacto foram as conexões. Pude circular por outros estados, conhecer pessoas que se identificam com o que faço e que compartilham a mesma energia. Isso fortalece o trampo, porque amplia a rede de gente pensando e criando junto.

O programa também me abriu novos palcos e me desafiou a tornar os shows mais criativos e instrumentais. Trouxe uma visão mais pragmática sobre carreira, projeções e possibilidades — mas também a satisfação de sentir que cresci ao lado de quem acreditou no meu som. Foi como uma confirmação de que o plantio estava dando frutos.

O que os fãs podem esperar para o segundo semestre de 2025? Há novos projetos a caminho?

Tem música no forno! No primeiro semestre, me dediquei a conhecer gravadoras, produtores, beatmakers e musicistas — e parte desses encontros já começa a render frutos. Também dei início à produção do meu próximo álbum, em parceria com o DJ Noé, e a previsão é lançar o primeiro single até o fim do ano.

O público pode esperar uma fase marcada por boom bap, groove e muita rima.

Como é, para você, fazer parte da Abramus? Você sente que ser titular proporciona proteção e apoio em sua carreira musical?

Com certeza. Ter esse suporte e um atendimento acolhedor faz muita diferença, porque me orienta a catalogar minha arte e compartilhá-la com o mundo da melhor forma.

Em 2024, participei de uma roda de conversa com artistas da Abramus no WME e saí de lá ainda mais motivado a fortalecer essa relação. Foi a certeza de que eu precisava dar esse passo — e a Abramus veio ao encontro disso.

           

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