A maior associação de música e artes do brasil
No ano passado, mais de R$ 1,6 bilhão em royalties foi pago pelo Spotify a artistas brasileiros. A informação é da versão brasileira do relatório “Loud & Clear 2025”, divulgada pela própria plataforma.
O montante é 31% maior que o de 2023 e mais que o dobro de 2021. Esse avanço supera o crescimento do mercado fonográfico brasileiro, que registrou alta de 21,7% em 2024 e ultrapassou R$ 3 bilhões em receita, segundo o “IFPI Global Music Report 2025”.
Atualmente, o Brasil é o 9° maior mercado musical do mundo e o que mais cresce entre os dez principais mercados globais. Esse desempenho é impulsionado tanto pela expansão internacional da música brasileira quanto pela força do mercado interno. Desde 2019, triplicou o número de brasileiros que faturaram mais de R$ 1 milhão na plataforma.
Em 2024, músicas de artistas brasileiros estiveram em mais de 815 milhões de playlists internacionais. Estados Unidos, México, Alemanha, Reino Unido e Espanha estão entre os principais mercados consumidores. Entre as mulheres, o avanço foi ainda maior, com crescimento de 51% nos streams internacionais, o que fortalece a presença feminina no mercado global.
No mercado nacional, 84% das músicas do Top 50 diário são de artistas locais e mais de 60% da receita gerada no país permanece no próprio mercado. A descoberta de novos artistas também cresceu, com quase 11,8 bilhões de primeiras reproduções, alta de 19%.
O relatório revela que o mercado da música no Brasil passa por um momento de transformação, com crescimento acelerado, diversificação e mais presença global. Ainda assim, enfrenta desafios como reduzir desigualdades e ampliar acesso e representatividade.
Texto: Anna Ferreira, com informações de Exame | Arte: Marcela Maciel