Cantora e compositora mineira, Duda In The Sky encanta com seu talento e doçura. Independente e criativa, ela imprime personalidade em cada detalhe do seu trabalho.
Apesar da pouca idade, experiência é o que não falta: aos 18 anos, deu início oficial à carreira com o lançamento de “Um Dia Maior Que O Ano”, canção vencedora do Festival Minas Music. Desde então, Duda também assume as rédeas de toda a identidade visual dos seus projetos — das capas aos clipes, passando por todo o conteúdo nas redes sociais.
Com os lançamentos de “Quase Amor” e “Pela Primeira Vez”, ela antecipa o clima do seu próximo EP, que trará cinco faixas repletas de sensibilidade. Com delicadeza e intensidade, o trabalho mergulha nos altos e baixos do pequeno caos que é a vida de um jovem adulto.
Vem sintonizar com Duda In The Sky!
Para começar, compartilha com a gente de onde veio sua paixão pela música?
Cresci rodeada de música e arte — fosse na trilha sonora das viagens de carro, nas idas ao teatro, aos shows e festivais que frequentava com meus pais. Desde pequena, sempre admirei o que a música é capaz de fazer: unir pessoas, acompanhar momentos da vida, virar festa, emocionar… Foi daí que surgiu a vontade de aprender violão — comecei a tocar aos 8 anos. Logo depois, veio a composição, como uma forma de escrever, entender sentimentos e expressar o que eu pensava. Para mostrar o que eu criava, comecei a cantar. Apresentava minhas músicas em palcos abertos na escola, para amigos e em casa.
Em 2018, aos 18 anos, me inscrevi em um festival com uma canção minha, “Um Dia Maior Que o Ano” — e ganhei. Foi meu primeiro grande show com um repertório autoral. No mesmo dia do festival, gravei a música em estúdio e lancei nas plataformas. Acho que foi ali, entre o palco e o estúdio, que percebi: eu podia fazer parte daquilo que mais admirava na música. E então, segui.
O nome “Duda In The Sky” chama bastante atenção. De onde surgiu essa escolha? Existe alguma história ou significado especial?
Eu era uma criança meio esquisita, apaixonada por Beatles. Uma vez, numa aula de artes na escola, a gente podia escolher o que pintar em um quadro, e eu pintei como imaginava a “Lucy in the Sky”, da música. Depois disso, começaram a me chamar de “Duda in the Sky”, e o apelido pegou. Virou meu e-mail, nome de usuário nas redes sociais… Eu devia ter uns 10 anos.
Quando chegou a hora de escolher um nome artístico, bom, eu já tinha um. A paixão e a influência dos quatro garotos de Liverpool continuam vivas — e o nome também.
Neste ano, você deu início às gravações de um novo EP com cinco faixas, e já lançou duas (Quase Amor e Pela Primeira Vez). Como foi esse processo e o que o público pode esperar para os próximos lançamentos?
Estou muito animada com esse EP, que é o meu quarto trabalho de estúdio! As canções falam sobre o pequeno caos que pode ser a vida de um jovem adulto: os relacionamentos, as aventuras, as alegrias, as crises das descobertas, e os primeiros amores
Sinto que minhas músicas, os temas e as sonoridades têm amadurecido junto comigo. Escrevi essas faixas enquanto me mudava de cidade, morava sozinha e começava a faculdade. A sonoridade é vibrante, misturando a energia do pop com o folk e o indie da nova cena da MPB. Tenho ouvido muito Clairo, Maggie Rogers, Olivia Dean, e essas referências estão presentes no som do EP. Os riffs de baixo, as guitarras marcadas, o violão de aço escovando as melodias, o som distorcido da escaleta… Tudo isso dá ao EP uma atmosfera dançante e, ao mesmo tempo, cheia de esperança.
Acho que todo mundo que está vivendo novas situações na vida, que exigem coragem, escolhas, se aventurar no desconhecido e ver poesia nisso, vai se identificar com o que está vindo aí!
Além de sua atuação como cantora e compositora, você também estuda arquitetura. Como é conciliar essas duas áreas?
A música e a arquitetura fazem parte de quem eu sou. Acho que essa conciliação já acontece dentro de mim, então adapto minha rotina para conseguir transitar entre as duas. Não é fácil, ambas exigem tempo, entrega e presença, mas eu gosto. Uma alimenta a outra. Até meu TCC envolve música.
Uma das coisas que mais me encantam na música é compor. E, para isso, preciso olhar o mundo e as pessoas com sensibilidade. A arquitetura me provoca esse olhar. Como disse Mario Quintana: “A música é a arquitetura do tempo, e a arquitetura é a música do espaço”. Acho que é exatamente isso que une as duas artes na minha vida.
Desde seu início na música, quais têm sido os desafios e as motivações para seguir em frente nessa jornada?
Na minha trajetória como artista independente, venho trilhando um caminho de muita autonomia, o que traz tanto liberdade quanto desafios. Gosto de estar envolvida em todos os processos: da criação das capas das minhas músicas à produção dos clipes e ao planejamento dos lançamentos. Isso garante que o resultado tenha a minha essência.
Porém, conciliar a produção artística com a parte prática da carreira, como divulgação, planejamento e agendamento de shows, é um grande desafio. Outro ponto delicado é manter a constância nas redes sociais sem perder a autenticidade, o que exige equilíbrio entre presença e preservação pessoal.
Com o tempo, fui criando rotinas e me cercando de pessoas parceiras para dar conta de tudo. Também passei a enxergar os bastidores como parte criativa do processo, o que tem me ajudado a enfrentar os desafios com mais leveza.
O que me motiva a continuar é a conexão real que a arte cria. Quando alguém me manda uma mensagem dizendo que uma música minha fez companhia num momento difícil ou que se sentiu tocado por uma letra, isso me lembra por que comecei. Também me move a vontade de transformar sentimentos em algo palpável, que toque outras pessoas. Mesmo com os obstáculos, fazer música é um jeito de estar no mundo com sentido, e é isso que me dá força para seguir.
Como tem sido a experiência na Abramus?
Fazer parte da Abramus tem sido uma experiência muito positiva. Hoje, consigo entender melhor quais são meus direitos e responsabilidades como profissional da música, algo essencial para uma artista independente. Sei que posso contar com a equipe da Abramus para tirar dúvidas, e esse conhecimento traz também um sentimento de proteção em relação aos meus direitos. Além disso, os eventos promovidos são sempre espaços valiosos de aprendizado e conexão.
Sou muito grata por iniciativas como esta entrevista e pelas playlists de lançamentos, que ampliam a visibilidade e ajudam mais pessoas a conhecerem meu som.
E deixo meu convite para você que está lendo: acompanhe os lançamentos que estão por vir e conheça meu trabalho, disponível em todas as plataformas digitais. Em todas as redes, é só procurar por Duda In The Sky.